Roteirista
circula. Não só pelos universos que cria, mas também para freqüentar os lugares
em que estão seus pares. Encontrar.
Olhar no olho. Trocar muitas e muitas ideias. Foi isso que me levou a fazer a
curadoria do Encontros de Cinema, no
Itaú Cultural. Criei, ao lado do amigo e roteirista Marcelo Starobinas, uma
programação que discutia exclusivamente vários detalhes da nossa profissão.
Isso também é feito anualmente no incrível FRAPA,
festival de roteiro audiovisual que acontece em Porto Alegre. Eu participei de
uma mesa por lá em 2015. A discussão era a delicada relação entre roteirista e
produtor. Tenso? Nem tanto. Difícil mesmo foi falar em público. Não é mais.
Estive em outras mesas, como no VII Seminário
Histórias de roteiristas, no Mackenzie ou o delicioso BR Plot, em
2018.
Uma outra coisa
muito legal que um roteirista também pode fazer é participar do corpo de
jurados de alguma mostra ou integrar a comissão de seleção de alguns editais.
Eu fiz parte da comissão de avaliação do Rumos Itaú Cultural
em 2018 e 2016. Também já fui júri de
uma mostra de curtas no Frapa e no Cinefest gato preto.
Ler projetos de outros criadores ajuda a apurar o olhar e estar sempre
conectado. Também serve como aprendizado
para você passar adiante quando te chamarem para fazer uma consultoria. Eu já
dei meus pitacos em dois projetos infantojuvenis da Produtora Giros, que fica no Rio
de Janeiro.
Os
livros andam me levando para muitos lugares. Eu vou com um sorriso aberto e
escancarado, porque esses encontros costumam ser surpreendentes. Foi assim nas
escolas Elvira Brandão, Oswald Andrade, Salesiano,
Marconi e Professora Maria de Lourdes Camargo Mello.
Ou no Sesc Paulista,
ao lado da minha amiga-parceira-pura inspiração, Índigo. Não conhece essa
escritora-roteirista ainda? Sério?? Entra lá no site dela.
Por
causa da minha série “O dia em que a minha vida mudou”eu fui parar até no
Jabuti. De unhas feitas e com uma felicidade
que não cabia dentro de mim. Felicidade profissional que só
senti de novo uma única vez, no dia da estreia da peça que adaptei do meu
livro. Os joelhos tremiam.
Muito. Mas agora eles estão bem. E eu quero continuar andando por aí.
Sempre.